Sim, sempre tenho um vício.
Subscrevo, confesso, admito!
Sim sou viciada, porém não naquilo
Que imagina o meritíssimo
E sim em ver luzes que não existem.
Viciada em contar histórias para cada coisa
Que quero que viva eternamente em forma de letra:
Cada pequena folha que da árvore cai sem fazer alarde
Cada cão sarnento que em minha rua late
Cada cabeça que rola no solo e jaz fétida,
Secando ao sol e esfriando ao relento.
É vício porque é inútil
Como trabalho de Sísifo.
Se me proponho a fazê-lo, porém,
Saia de meu caminho!
04-01-2013