Bares, cafés e clubes, a partir do século XIX, não eram apenas um ambiente para a happy hour. Eles foram o cenário onde questões políticas, filosóficas, movimentos artísticos revolucionários se espalharam. O propósito deste site é o mesmo: criar um espaço virtual para expressão livre de ideais, reflexões e sentimentos, com espírito crítico em relação a nossa Cultura.
O documentário brasileiro “Hélio Oiticica”, dirigido pelo cineasta César Oiticica Filho (sobrinho de Hélio), foi premiado no 63º Festival de Berlim, pela Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci), na última sexta-feira (15), no Festival de Berlim.
O filme é uma das únicas maneiras de ver alguns dos trabalhos do artista plástico, pois várias de suas obras foram destruídas em 2009, durante um incêndio que atingiu a residência de seus familiares e o acervo de Hélio, localizado na mesma.
“Helio Oiticica” foi exibido na seção Fórum do 63º Festival Internacional de Cinema de Berlim. O filme foi duplamente premiado no festival: ganhou, na última sexta-feira (15), além prêmio FIPRESCI, o prêmio Caligari, concedido pela revista alemã Film Dienst a obras inovadoras em termos de estilo e de temática, essa premiação é entregue aos filmes conhecidos como experimentais.
O longa contou com uma longa e detalhada pesquisa de imagens…
Herman Gorter (Wormerveer, Países Baixos, 26 de novembro de 1864 — Bruxelas, 15 de setembro de 1927) foi um poeta e comunista conselhista holandês. Foi o membro principal dos Tachtigers, um influente grupo de escritores holandeses que trabalharam conjuntamente em Amesterdam na década de 1880 arredor do jornal literário De Nieuwe Gids (O novo guia). (Wikipedia)
“Semelhante aos deuses parece-me que há de ser o feliz
mancebo que, sentado a tua frente, ou ao teu lado,
te contemple e, em silêncio te ouça a argêntea voz
e o riso abafado do amor.Oh, isso-isso-só é bastante
para ferir-me o perturbado coração, fazendo-o
tremer dentro do peito!
Pois basta que, por um instante, eu te veja
para que, como por magia, minha voz emudeça;
sim, basta isso, para que minha lingua se paralise,
e eu sinta sob a carne impalpável fogo
a incendiar-me as entranhas.
Meus olhos ficam cegos a um fragor de ondas
soa-me aos ouvidos;
o suor desce-me em rios pelo corpo, um tremor
(…)
“Oh! pura Safo, de violetas coroada e de suave sorriso, queria dizer-te algo, mas a vergonha me impede.”
Safo lhe respondeu:
“Se teus desejos fossem decentes e nobres e tua língua incapaz de proferir baixezas, não permitirias que a vergonha te nublasse os olhos – dirias claramente aquilo que desejasses”.
Um amigo meu estava de mudança e pediu para eu guardar um de seus quadros. Era um quadro que mostrava pequenos veleiros ancorados. Toda a vez que eu o visitava, aqueles barcos estavam lá, com suas velas abaixadas. Não neguei seu pedido, levei o quadro para ficar em minha casa. Um quadro não deve ficar guardado, nem no chão. Peguei um prego e um martelo. Ele começou a ser parte de tudo. Os veleiros ficaram comigo até eu perder a conta dos dias desde que foram erguidos. Passei muito a estimá-los. Um dia meu telefone tocou, havia uma voz dentro dele dizendo que queria o quadro de volta. Minha parede ficou vazia dos veleiros que esperavam seus marinheiros. Ao olhar a mancha do quadro na parede, desci a serra em direção ao mar em busca de veleiros, e naveguei para o nunca mais.
Quando eu era pequeno, houve uma terrível seca em nossa terra. Nenhuma planta sobreviveu, exceto a figueira. Nada mais cresceu, nem hortas nem outras frutas. Só podíamos cultivar figos, logo eu, que sempre detestara figos. Talvez fosse um castigo divino, uma vingança ou um aprendizado que deveríamos passar, mas só me lembro dos figos. Nem mesmo por necessidade eu conseguia gostar de figos. Com o passar dos anos minha família ficou conhecida pelos figos que produzíamos, vendemos figos para pessoas que vinham de lugares muito
distantes. Eu aprendi a plantar, cuidar, proteger das pragas, colher, guardar e vender. Se perguntavam se ele era bom, eu dava um pedaço para experimentar, não tinha outro jeito de saber se eram bons. Todos gostavam e compravam sem mais perguntar. O único figo que comi foi um que não coube na cesta e fiquei com pena de jogar fora. Hoje tenho muitas figueiras e sou conhecido por aquilo que detesto.
Ontem dia 05-02-2013, foi lançado no Espaço Cult livro “Copacabana Dreams” que compila contos da escritora cearense sobre o famoso bairro carioca. Para mais informações sobre esse evento clique no link:
Ditadores e fanáticos religiosos são os inimigos históricos dos livros. Queimar exemplares em praça pública, tentar bani-los ou condenar um autor à morte não é lá grande novidade. Estranho é quando um Estado democrático passa a coibir a sua comercialização. Parece que Luiz Felipe Pondé tem razão: “politicamente correto é censura fascista”.
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Trilogia erótica entra para a lista de “proibidões da literatura”
A apreensão de livros eróticos em Macaé (RJ) foi a mais recente de uma série. Lá, a Justiça do Rio de Janeiro do município, com ordem expedida pelo juiz Raphael Baddini de Queiroz Campos, retirou títulos considerados obscenos de duas livrarias.
No final de novembro do ano passado, a deputada distrital Celina Leão (PSD) encaminhou o pedido de suspensão da venda de “O Livro Maldito” à Procuradoria-Geral da República. A edição foi publicada no Brasil em 2011.
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Autor se fundamenta no nonsense para criar a cartilha do crime
Escrito pelo publicitário norte-americano Christopher Lee Barish, o texto é inspirado em “Grand Theft Auto” (GTA), um game no qual o protagonista se envolve em diversas atividades criminosas. Barish explica como produzir um filme pornô, abrir cofres, fazer ligação direta em carros e assaltar bancos.
O clássico apresenta linguagem mais obscena e descrições de atos sexuais mais polêmicos que os presentes na trilogia erótica “Cinquenta Tons de Cinza”. Considerado a obra-prima do marquês, o texto foi dado como perdido e publicado apenas no início do século 20. O romance inspirou “Salò” (1975), filme de Pier Paolo Pasolini (1922-1975).