Convite de Alceu a Safo
“Oh! pura Safo, de violetas coroada e de suave sorriso, queria dizer-te algo, mas a vergonha me impede.”
Safo lhe respondeu:
“Se teus desejos fossem decentes e nobres e tua língua incapaz de proferir baixezas, não permitirias que a vergonha te nublasse os olhos – dirias claramente aquilo que desejasses”.
Poema de Safo dedicado a Átis
À Amada
Ventura que iguala aos deuses,
Em meu conceito desfruta
Quem junto de ti sentada,
As doces falas te escuta,
Goza teu mago sorrir.
Quando imagino em tal gosto
É minha alma um labirinto;
Expira-me a voz nos lábios;
Nas veias um fogo sinto;
Sinto os ouvidos zunir.
Gelado suor me inunda;
O corpo se me arrepia;
Fogem-me as cores do rosto,
Como ao vir da quadra fria
Entra a folha a desmaiar.
Respiro a custo, e já cuido
que se esvai a doce vida!
Arrisquemo-nos a tudo…
Contra uma angustia sofrida
Tudo se deve tentar. (tradução Castilho)
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