A memória me abisma.
Cativa-me a liberdade.
Deleita-me a doçura.
Seu desejo me arrebata.
Assim carrego o abstrato em minha mente,
Que é o verdadeiro coração de gente
Que quer não querendo de todo,
De gente que, privada de quase tudo,
Resolveu dar só um pouco de quase nada.
Como se mergulhasse, mas volta e meia,
emergisse para respirar.
Um lapso é a minha respiração,
É meu mergulho com vísceras insufladas.
O resto é agonia e desejo de respirar aliviada.