Quem é você?
Quem sou eu?
Da mistura de nós dois,
Nasceu um lago tranquilo
Que encobriu vilas,
Torres e cruzes
Nasceu um campo de flores,
Um bosque e um pasto
Nasceu um sol, uma nuvem e um vento fresco.
Nasceu o olhar que vê o que nasceu.
Bares, cafés e clubes, a partir do século XIX, não eram apenas um ambiente para a happy hour. Eles foram o cenário onde questões políticas, filosóficas, movimentos artísticos revolucionários se espalharam. O propósito deste site é o mesmo: criar um espaço virtual para expressão livre de ideais, reflexões e sentimentos, com espírito crítico em relação a nossa Cultura.
Quem é você?
Quem sou eu?
Da mistura de nós dois,
Nasceu um lago tranquilo
Que encobriu vilas,
Torres e cruzes
Nasceu um campo de flores,
Um bosque e um pasto
Nasceu um sol, uma nuvem e um vento fresco.
Nasceu o olhar que vê o que nasceu.
_Num dia, venci este teu jogo atroz.
Se te amei um dia, foi porque,
quando falavas com a boca cheia de alegria,
Iluminavas todos os meus dias.
Se te amei um dia, foi porque,
quando me beijavas e falavas de poesia,
Tua boca me afogava em lascívia.
Foi porque, atrás de fragilidades, vi tua força.
Foi porque, de trás da máscara, escapou um pouco da tua essência magnífica.
E vi nobreza, e vi falta de malícia, e vi a lua cheia escondida
E passei a persegui-la.
Por uma brecha, vi um lago plácido, atrás de tanta correria.
Vi teu ser todo completo, pelo vão da cortina do teu palco da agonia.
Porque, por uma fresta, vislumbrei o futuro.
Vislumbrei o Grande Homem que você seria um dia.
Se te amei um dia, foi porque você me ofereceu
Matéria bruta para a minha poesia.
Ontem, o frio cortava minhas faces distraídas,
ao passar por um longo corredor sombrio.
Um frio que me lembrava toda a imensa crueldade do mundo.
Num lance, porém, um calor atravessou meu corpo.
Uma sombra quente, diferente dos fantasmas
que , como todos sabem, trazem ainda mais frio.
A sombra escapou do seu dono por alguns minutos
E se instalou em meu peito
E me acompanhou através do corredor.
Tão concreto foi, que olhei em volta procurando o dono da sombra
Como se ele me observasse escondido em algum canto.
Mas nada, longe ele estava.
Talvez em alguma encruzilhada
conjurando coisas que ignoramos.
Senti sua presença mais intensa e o corredor se iluminou
Eu me aqueci e vi você nos rostos de outros que passavam encolhidos.
Vi então a sombra inteira, em pé, mãos nos bolsos da jaqueta preta.
Vi seu cabelo desalinhado, cheiro de banho recém tomado,
Ouvi o som de sua voz chiante dizendo meu nome,
sorrindo para mim como se dissesse “Acorda!”
E eu acordei dessa alucinação compensatória
do vazio de sua ausência.
Depois pensei “é isso que o amor é”.
As palavras são nada.
Em si, carecem de sentidos, se não as escoltar os gestos.
Assim o silêncio é louvável a alguns algures.
Imprudência fiar-se no verbo, já que quem mente mergulha a todos em fantasia?
Sonha que a todos ludibria? Para si, ciladas cria?
Mas não ilude plenamente: há uma gota de verdade em cada mentira.
Há um dizer exato em cada calada!
Mas a palavra não poderá ser sempre friamente refreada,
Pois que liberta quem a profere de sentimentos inconfessáveis.
As palavras libertam os tímidos de si mesmos, desconfiados de revelar seu ser ao universo.
Libertam um povo da opressão.
Libertam seres de sua invisibilidade.
Libertam ao revelar a descoberta e afirmação de si, a si mesmo e à humanidade.
No Norte, quantos tons de branco conhecem os esquimós?
Para cada branco, uma palavra.
Para nós, só há um branco e mais nada…
Para cada coisa que há e sabemos que há, há uma palavra.
A tudo que nasce, damos um nome.
Mas para quem nunca viu tantos brancos, se ouvir seus nomes diferentes, nem precisa se mudar para lá.
A enxergá-los, em algum momento, passará.
Assim os nomes nascem das coisas, mas o saber também nasce das palavras.
O que pensamos que é sabido de todos, mas nunca foi divulgado verbalmente, pode também deixar de haver e ser olvidado na próxima temporada.
Se o amor verdadeiro está implícito em amostras de sentimentos, também provas perdem seu sentido no automatismo dos gestos habituais.
Então, a elegância contemporânea, que, com demonstrações de afeto, se acanha, acaba por enregelar a todos de todo.
Você não pode mais me ouvir,
Então falo para mim mesma,
Para saber que sinto o que sinto,
Para lembrar e me aquecer
E me libertar do não-dizer:
“Não enxergamos os brancos dos esquimós nem temos nomes para eles…
Nunca pensei que talvez você não enxergasse em quantas cores era amado.
Hoje não cansaria de dizer de todas as formas possíveis,
Com quantas palavras existem: Persy, eu amo você!”
28-07-2012
Jacó trabalhou como pastor para Labão Durante sete anos para merecer a mão de sua filha Raquel, serrana bela. Mas se não a visse novamente, antes de a Terra girar quatro vezes mais ao redor do Sol, Jacó, dela, se lembraria? Tudo o que os olhos não viram, naquela época remota da juventude, o peito, agora maduro, ainda desejaria? Nosso menino, ao crescer, nem das saias De sua impúbere menina se esqueceu. Ao contrário do pai de Raquel _que não premiou Jacó, matando-o por dentro ao entregar-lhe a outra filha mais velha, Lia, _ o remendo das pontas soltas da vida É o presente que receberá por sua espera. Febre de mancebo dura a vida toda! Thaís GM 06-09-2012
Contraponto a:
Trecho do texto de Gian Luca para ler o texto completo acesso o link – Clamor do Sexo
Poema de Wordsworth declamado por Deani no fim do filme:
“What though the radiance which was once so bright Be now for ever taken from my sight, Though nothing can bring back the hour Of splendour in the grass, of glory in the flower; We will grieve not, rather find Strength in what remains behind”
Tradução.
“O que de esplendor outrora tão brilhante agora seja tomado de minha vista para sempre. Apesar de que nada pode trazer de volta a hora de esplendor na relva, de glória numa flor, não nos afligiremos. Encontraremos forças no que ficou para trás.” Wordsworth
Eros fere até as Erínias!
Atena merece ser mais amada que Afrodite!
contudo regras para o querer, não há quem dite!
Nem todo o ciúme de Juno bastou para conter, de Zeus, o anseio.
Nem a forja, o fogo e o ferro de Hefesto
Bastaram para frear Afrodite,
Porque o martelo do marido fez a flecha que feriu a deusa,
Vítima do próprio amor!
Há um único preceito: é que o Amor não pode o amor recusar.
Assim, puderam os deuses todos a perdoar.
Como reles mortais, a viver na dor, pretendem privar-se
de um pouco desse clamor?
12-11-2012