Revolução de Jasmim

ثورة الياسمين

Em memória de Tarek el-Tayeb Mohamed Bouazizi, um vendedor de frutas ambulante tunisiano que se incendiou em 17 de dezembro de 2010 e se tornou um catalisador para a Revolução de Jasmim na Tunísia e a Primavera Árabe contra regimes autoritários. Sua autoimolação foi uma resposta ao confisco de seus produtos e ao assédio e humilhação infligidos a ele por um funcionário municipal e seus assessores.

A púrpura tirou-lhe o pão
E a humilde banca de frutas.
Sem meios para o sustento,
Azizi vende dor "a todos Aqueles que sonham com a liberdadE".
Nos muros, palavras oníricas viraram
concretas pelo concreto
Ou virarão algum dia?

Ele imaginou o saldo de seu gesto?
Se soubesse, novamente se imolaria?

Nas Revoluções com nomes de cores e flores
O sinistro e o sublime se misturam:
quão apavorante é a arrastada miséria humana,
que um arrepiante gesto de horror instantâneo aliviaria?

Ascende o novo modo velho de ser e de pensar.
O que se perderá, o que se ganhará?
As belezas naturais e femininas encobertas
aos filhos mestiços de antigos fenícios,
são visitadas pelos curiosos
e reveladas aos peregrinos pagãos.

A esse lirismo brutal e pronto me debruço,
Esperando, desse jasmineiro, o fruto.

10-09-2012
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