ثورة الياسمين
A púrpura tirou-lhe o pão
E a humilde banca de frutas.
Sem meios para o sustento,
Azizi vende dor “a todos aqueles que sonham com a liberdade”.
Nos muros, palavras oníricas viraram concreto pelo concreto
Ou virarão algum dia?
Ele imaginou o saldo de seu gesto?
Se soubesse, novamente se imolaria?
Nas Revoluções com nomes de cores e flores
O sinistro e o sublime se misturam:
quão apavorante é a arrastada miséria humana,
que um arrepiante gesto de horror instantâneo aliviaria?
Ascende o novo modo velho de ser e de pensar.
O que se perderá, o que se ganhará?
As belezas naturais e feminis encobertas aos filhos mestiços de antigos fenícios,
são visitadas pelos curiosos e reveladas aos peregrinos pagãos.
A esse lirismo brutal e pronto me debruço,
Esperando, desse jasmineiro, o fruto.
10-09-2012