De longe vem o som das pequenas
criaturas da noite, meus irmãos.
Aos ouvidos, chega com muito esforço
O canto sombrio de um pássaro
Que sai de seu repouso.
Solitários um sapo e um grilo conversam,
enquanto dormem seus iguais.
Luzes ao longe parecem piscar,
Mas é só o vento que balança as árvores
que ora escondem ora revelam o brilho
de pirilampos urbanos.
Esta noite tão agradável evoca outra noite mais duradoura!
Como o silêncio e a calma que antecipam a tempestade.
O mar recua tanto, que o seu solo se vê
antes de uma onda gigante.
Por um instante, o silêncio total do quebrar na areia da praia.
E depois o engolfar do mundo inteiro…
Agora também o calar de todas as vozes noturnas
Congela o coração, porque ele parece
Entender que esse é o seu destino.
Antes até de seu dono ter tempo para pensar
e de fazer uma prece por seu estacar repentino.
TGM