À Abd Al-Hasib Atta Zaloum
Sobre o solo, jaz a carcaça do que um dia fora um ônibus.
Hoje, tornou-se abrigo do velho sem lar.
As estrelas no céu velam por eles à noite.
O frio passa pela vidraça estilhaçada,
Vem sorrateiro lhes acompanhar.
Assim que ficou pronta,
sua antiga morada foi demolida;
sua terra, por colonos, roubada.
Converteram-na em área de segurança.
Segurança para quem,
se o velho agora vive ao relento?
Não é o velho, de humanos, rebento?
Não necessita de segurança também?
É menos humano que as crianças da escola ali próxima?
Já que delas só recebe desdém?
Sob o sol escaldante, a sombra vem de uma árvore solitária.
A árvore de dia e o ônibus à noite são o seu reino,
Que nem o rei da Jordânia igual tem.
Como a vida que poderia ter tido foi interrompida,
Nesse solo só quer seus olhos cansados plantar
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