
George Gordon, Lord Byron
Este penhor votivo, apreço amável,
Talvez, menina! em mim possa estimar;
Ele canta, do amor, o sonho afável,
Tema que nunca iremos desprezar.
Quem o condena é o néscio invejoso,
Uma idosa donzela decaída;
Ou o êmulo em colégio aleivoso,
Sob a pena da mágoa esmaecida?
Então leia, menina! ao sentir leia,
Como aqueles você não há de ser;
A você em vão nada mais pleiteio
Em dó pelo poeta a padecer.
Ele deveras era um vero bardo;
Não era ele fictícia, fraca flama.
Dele, o amor seria teu resguardo,
Mas não igual teu desgraçado drama.
