José Renato Nalini, novo secretário de Educação, corta cargo de coordenador

Na última sexta-feira, a primeira medida do novo Secretário, José Renato Nalini, para melhorar a educação do Estado de São Paulo, foi cortar cargos de coordenador de escolas com até 30 salas de aula, excetuando aquelas que tenham classes em todos os segmentos, isto é, do 1º ano do ensino fundamental até o 3º do ensino médio. Como quase todas as salas dos anos iniciais foram municipalizadas, raras escolas manterão dois coordenadores.

Em muitos casos haverá apenas um coordenador para 30 salas com 40 alunos cada ou mais, portanto, cada coordenador terá a tarefa de orientar, além dos professores, 1200 alunos, isso numa estimativa bem otimista. Esse corte e a extinção do Professor Auxiliar (PA) e do Professor de Reforço são medidas que visam cortar as despesas que não puderam ser cortadas com a fracassada  ideia da “reorganização”. Como atender às especificidades das dificuldades de aprendizagem de cada indivíduo, ajudar no preparo de provas, simulados etc?

O novo secretário foi até o ano passado presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo e ficou mais conhecido por defender bolsa-auxílio para os magistrados que nem sempre podem ir a Miami comprar seus ternos.

Em entrevista à TV Cultura, Nalini fez sua defesa à aprovação pelo Judiciário de R$ 1 bilhão em “auxílio-moradia” para os seus juízes, que correspondia a R$ 4,4 mil por mês para cada magistrado do país, independentemente de já ter casa e de estar na ativa ou não.

“Esse auxílio-moradia na verdade disfarça um aumento do subsídio que está defasado há muito tempo. Hoje, aparentemente o juiz brasileiro ganha bem, mas ele tem 27% de desconto de Imposto de Renda, ele tem de pagar plano de saúde, ele tem de comprar terno, não dá para ir toda hora a Miami comprar terno, que cada dia da semana ele tem que usar um terno diferente, ele tem que usar uma camisa razoável, um sapato decente, ele tem que ter um carro”. Disse ainda que “espera-se que a Justiça, que personifica uma expressão da soberania, tem que estar apresentável. E há muito tempo não há o reajuste do subsídio. Então o auxílio-moradia foi um disfarce para aumentar um pouquinho. E até para fazer com que o juiz fique um pouquinho mais animado, não tenha tanta depressão, tanta síndrome de pânico, tanto AVC etc”.

Professores, diretores e coordenadores de escolas não sofrem de depressão e síndrome do pânico? Quem não sofre, com essa sobrecarga de trabalho, passará a sofrer.

 

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