Bullying nas escolas

Lançamento de livro sobre racismo, homofobia e bullying integra programação da V Semana da Diversidade LGBT

Fonte: Folha Geral http://www.folhageral.com/#ixzz4Jc9PU3Rr

O livro “O Diário de Davi: Preconceito racial, homofobia e bullying na escola”, do professor e escritor Silvano Sulzart, será lançado em Salvador, nesta terça-feira (6), durante a V Semana da Diversidade que antecede a 15ª Parada do Orgulho LGBT da Bahia. O lançamento acontece às 18h, na livraria LDM do Espaço Itaú de Cinemas (Cine Glauber Rocha), em parceria entre a editora CRV e o Grupo Gay da Bahia (GGB).

O livro foi usado para formação de professores e adotado como paradidático pela Escola Tales de Mileto, em Itaparica, e pela Faculdade de Ciências Empresárias – FACEMP, em Santo Antônio de Jesus.

Durante a noite de autógrafos, será realizado o debate “O que é a inclusão? – Diversidade sexual e de gênero nos Planos Estadual e Municipal de Educação”, com as participações do autor do livro, Silvano Suzart, além de Beth Dantas, professora, mestre em Educação e ativista social, e Jaiaci Lopes Fonseca, integrante do Núcleo LGBT da Associação de Professores do Estado da Bahia.

“O Diário de Davi” é uma obra literária que discute as múltiplas diferenças que nos constituem e a diversidade presente no universo escolar, através da história de um garoto de 12 anos, negro, que está acima do peso e que constantemente sofre bullying na escola. Em seu diário, Davi narra as suas angústias, o dia-a-dia da escola, sua amizade com João, um aluno cadeirante, e Telton Fradf, que sofre bullying homofóbico ao ser chamado de “mulherzinha” por seus colegas. A escola é o cenário desta história emocionante em que professores, alunos e pais se mobilizam para combater o bullying.

O livro aborda o bullying e suas variantes (o ciberbullying e o bullying homofóbico), a obesidade infantil, o preconceito racial e a inclusão escolar, de forma objetiva, tomando como base a Lei 13.185/2015, que institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática em todo o território nacional. Davi, em uma narrativa envolvente e singela, conta suas dores e dilemas. A história revela como a amizade vence o medo, e a ternura e o perdão fazem brotar esperança, sonhos e novas relações no espaço escolar.

A obra permite ao leitor identificar se filhos ou alunos estão sendo vítimas de bullying e ajuda a criar os meios para combatê-lo dentro e fora do espaço escolar. Além do GGB e da Editora CRV, seu lançamento em Salvador tem apoio da Associação dos Estudantes da Ilha de Itaparica (AEITA), da LDM – Livraria Multicampi, da Prefeitura Municipal de Vera Cruz, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB-Sindicato) e dos sites Clipping LGBT e Dois Terços.

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Fonte: Folha Geral http://www.folhageral.com/#ixzz4Jc9oKPnZ

Sobre o autor

Silvano Sulzart é pedagogo formado pela Universidade do Estado da Bahia – UNEB, mestre em Educação e Contemporaneidade (PPGEDUC/UNEB) e especialista em Psicopedagogia, Gestão de Recursos Humanos, Letramento e Alfabetização. Possui artigos publicados sobre ludicidade, bullying na escola, coordenação pedagógica e diversidade cultural. É autor do Livro “Docência das Águas: Diversidade Cultural, Maritimidade e Travessias na Ilha de Itaparica”, publicado pela editora CRV. Gosta de ler, escrever e de compartilhar experiências.

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Presidiário que se formou no cárcere e passou no Enem diz que leitura liberta | Livros só mudam pessoas

Dos cerca de 45 mil internos no estado, só 3.351 estudam

Wilson Aquino, no Jornal O Dia

Rio – Mahatma Gandhi pregava que “a prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão”. A liberdade, para o líder indiano, está na consciência. As centenas de milhares de pessoas encarceradas no sistema penitenciário brasileiro parecem longe de compreender a força deste ensinamento. Apenas cerca de 10% usam seu tempo para ‘escapar’ dos horrores do cárcere através da educação. No Rio, a situação é ainda pior.

Dos cerca de 45 mil internos no estado, só 3.351 estudam. Vinte e dois deles são presos de regime aberto e semi aberto que fazem faculdade. A socióloga Edna Del Pomo de Araújo, professora do Departamento de Sociologia da UFF, destaca na publicação ‘Prisão e Socialização: a penitenciária Lemos Brito’, que “é preciso libertar os indivíduos por meio do trabalho e da educação”. “Os homens que hoje estão presos serão livres amanhã e, caso não tenham cumprido a pena em busca da recuperação, provavelmente voltarão a delinquir”, alerta.

Jefferson Cunha Pereira, 37 anos, que completa oito anos na prisão em abril, decidiu trilhar caminho oposto. “Ler é uma fuga. Quando a gente está lendo, se desliga do ambiente onde está: o cárcere. A mente navega para fora daqui”, afirma Pereira.

Ex-policial militar, ele foi condenado a 20 anos de cadeia por homicídio. Aproveitou o tempo ocioso na cela para estudar, e o resultado foi animador. Foi um dos primeiros classificados do Rio, no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), concorrendo com outros estudantes da rede pública. Ganhou uma vaga para cursar Administração de Empresas na Universidade Federal Fluminense (UFF) e Direito na Faculdade Anhanguera, em Niterói, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Cabe agora à Vara de Execuções Penais decidir se ele cursará ou não.

O secretário de Administração Penitenciária do Rio (Seap), coronel PM Erir Ribeiro Costa Filho, também concorda que esse é o caminho. “É a parte da ressocialização e de humanização do sistema penitenciário que todos nós temos que buscar para devolver à sociedade um novo cidadão”, acredita.

Adquirir conhecimento e ter a possibilidade de se transformar não é a única vantagem para o preso que estuda. A Lei de Execuções Penais assegura o direito à remição (abatimento da pena) na proporção de um dia a cada 12 horas de frequência escolar. A lição de Gandhi é ainda mais útil quando combinada com a do filósofo Montesquieu: “Liberdade é o direito de fazer tudo aquilo que as leis permitem.” Estudar para reduzir a pena, por exemplo.

O ex-policial militar Jeferson, preso em Bangu, depende de autorização da Vara de Execuções Penais para poder cursar Administração na UFF.

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Salas de aula viraram celas

 

A Lei de Execuções Penais diz que é dever do Estado fornecer ao preso assistência educacional, com o objetivo de prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade. Pela lei, o Ensino Fundamental é obrigatório nas prisões.

Porém, entre as letras da lei e a realidade brasileira há um profundo abismo. Apenas cerca de 10% dos 607 mil presos estudam. Não é para menos: metade das unidades prisionais do País nem tem sala de aula.

“Um dos eixos da reintegração é a Educação”, reforça a coordenadora-geral de Reintegração Social e Ensino do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Mara Fregapani Barreto. Mas, o déficit de vagas nos presídios do Brasil é tanto que “teve sala de aula que virou cela, porque tem muita gente presa”, lamenta Mara.

Aprovado no Enem foi condenado pela juíza Patrícia Acioli

Jefferson Cunha Pereira, o preso aprovado no Enem, cumpre pena na Penitenciária Lemos de Brito, de segurança máxima do Complexo de Gericinó. Antes da prisão, era soldado da Polícia Militar, onde ingressou em 2005. Ironicamente, trabalhava no Tribunal de Justiça, à disposição do plantão judiciário.

Ele foi condenado em junho de 2009 por homicídio, cometido em São Gonçalo. Foi sentenciado a 20 anos pela juíza Patrícia Acioli, magistrada assassinada, há cinco anos, por PMs corruptos, em Niterói, quando voltava para casa sem escolta.

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Pereira se diz inocente e reclama da sentença. “Não matei. Testemunhas foram coagidas e ameaçadas. Na hora do crime, eu estava em casa com minha companheira, do outro lado da cidade”, garante.

Quando chegou à Lemos de Brito, em 2012, Pereira passou a dedicar-se aos estudos. “Para fugir da ociosidade, adquirir conhecimento e relembrar o que já havia aprendido e esquecido”. Ele cursou o Ensino Médio na Escola Estadual Mário Quintana, que funciona na penitenciária. “Três horas na sala de aula, de segunda a sexta. Depois, voltava para a cela e estudava por conta própria”, conta Pereira, que também tomou gosto pela leitura. “Leio um pouco de tudo, desde livro didático a romances. O ultimo que li foi ‘Os Borgias’, de Mario Puzo ( italiano consagrado por suas obras sobre a máfia)”.

A Educação é o caminho para transformar o detento e o fracassado sistema penal, já que 70% dos presos voltam a cometer novos delitos quando retornam à sociedade livre.

 

Às avessas

 

 

 

 

 

 

Queria ser como os discípulos de Sócrates

que eram incentivados a nutrir um amor

platônico por seu amado mestre,

para com ele aprender melhor.

Queria ver o que seus olhos viram.

Queria tocar o que suas mãos tocaram.

Queria ouvir as confissões

E as cantigas ciganas

Que seus ouvidos ouviram.

Sentir dentro de mim o que você sentiu.

Ler nas cartas o destino dos homens.

 

Eu te  quero pelos sons,

Pelos sabores,

Pelos odores

Que você já experimentou,

E conheceu plenamente!

O meu querer é intelectual

É bem-querer para conhecer.

Jacareí, 21 de junho de 2012.

 

Como a criança aprende

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COMO A CRIANÇA APRENDE

Se tivesse que definir uma criança com apenas uma palavra,eu a definiria como ¨MOVIMENTO¨.O movimento na criança é contínuo. Ela quer descobrir e manipular tudo o que a rodeia, desde objetos, situações e pessoas.

O dia para ela é curto e, mesmo dormindo, ela vivencia o que ocorreu durante o dia. Para ela, o espaço é rico de situações das quais quer se apossar. Balançar, escalar, rabiscar, etc… são experiências que lhe permitem construir e destruir em busca de novas tentativas e construções.Essa vivência será a base do desenvolvimento da inteligência, da criatividade e formará pessoas capacitadas a fazer uma leitura de mundo.

O pensar e o fazer, a teoria e a prática, o conceito e a ação darão a ela a noção do todo no desenvolvimento e tornará o indivíduo um ser global.

Inicialmente a criança rabisca pelo prazer de rabiscar. Usa o lápis num…

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