Mais um ano em que a Terra girou em torno do Sol.
Um ano a mais, um ano a menos.
Um ano que no cômputo geral do Universo foi só um atmo
Um sopro elíptico
Um suspiro
Menos que um suspiro
E, no entanto, mesmo sendo só mais um de tantos
Foi um ano infinito
De visões que cada ser
Teve do precipício.
Em cada cabeça, uma centelha de ilusão
Multiplicada por espelhos cheios de esperanças.
Dele agora me retiro!
Voltemos agora ao início,
Ao balé de macabros rodopios,
Andando em círculos no sempre novo,
Sempre o mesmo ano novo!
Godoy